15.4.18


Esta questão de os madeireiros concertarem entre si o incêndio no Pinhal  de Leiria (nojo!!), os preços baixos que pagariam pela madeira ardida e agissem essencialmente como uma máfia é muito preocupante embora não surpreendente. É um género de Celtejo para um negócio que nem é na totalidade diferente.

Fala-se da impunidade com que queimam e compram a baixo preço a madeira sendo que as preocupações da investigação são essencialmente com os valores. A reportagem da TVI fala muito contra a economia de mercado mas embarca nesta mesma economia ao não ter uma imagem ou uma frase reservada ao ataque ambiental que se viveu e vive. É que para lá dos donos dos terrenos e da madeira ardida há uma economia (muito individual é certo, de subsistência em alguns casos mas nem sempre) que gira em torno da silvicultura e produção florestal que não foi ouvida. E é nessa falta que os madeireiros se apoiam. Na falta de educação civil que coloca sempre o ambiente (e a cultura já agora) no fundo das preocupações. Na falta de uma contestação que não seja de índole económica. 

Os cidadãos merecem ser educados para o ambiente, para a natureza para saber retirar os milhares de benefícios dos recursos naturais. Se essa educação fosse feita não eram só os proprietários ou as vítimas directas a ter direito a reclamar mas sim todos nós por nos roubarem os impostos (investidos em projectos que nunca vêem a luz do dia e que na verdade servem para concorrer a fundos europeus do 2020 que depois são usados para pagar os ordenados dos funcionários do ICNF que os orçamento de Estado não contempla na totalidade) e o ambiente (e o ambiente é o futuro).

Sim a meta é sempre na educação! Esse projecto a 18 anos. Mas o que são 18 anos quando se pensa nos nossos netos?

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