Parabéns ao moço

mas o ponto alto da sua carreira foi mesmo este!

Landscape!

O discurso é repetido mas com paisagens destas o trabalho corre sempre bem.

Há muitas formas de aproveitar os nossos dias nesta vida 

e (promessa de ano novo) é melhor contemplar e apreciar

 do que ceder a zangas ou chatices que, 

daí a horas, já não possuem importância nenhuma.

(todas as imagens tiradas no meu local de trabalho, nos arredores de Beja)

Orgulho! (toca a ler este blog que é assim... priceless)

"Ao longo da vida, tentamos sempre encaixar-nos em algum lado. Tentamos encontrar um nicho no qual nos sintamos confortáveis e deixamos que isso nos defina ou quando conhecemos alguém e temos uma primeira conversa dizemos "Eu sou mergulhador", "Faço a minha roupa", "Faço escalada"...

Quando somos emigrantes a conversa torna-se fácil. Quando conhecemos alguém novo, por mais que a nossa pronúncia seja impecável, nas primeiras conversas aparecem duas inevitáveis questões: "De onde é que és?" e "O que é que fazes?" e essa primeira conversa vai ser à volta desses dois temas. E pronto, assim em três horas encaixam-se as pessoas na nossa tafonomia.

Eu sou a portuguesa que estuda Museus. Mas também sou a rapariga que faz montanhismo, que cozinha, que devora livros sempre que pode, que medita, que aprendeu a nadar há pouco tempo e que é uma coisa que adora fazer.

A verdade é que quando se vive numa cidade tão grande como Londres, onde é fácil nos sentirmos perdidos ou desconectados com o que nos rodeia, a nossa nacionalidade é uma coisa que progressivamente deixamos que traduza quem somos. Quanto mais contacto tenho com a realidade Londrina, mais me sinto ligada às minhas raízes, aos valores que me transmitiram, às pessoas que ainda lá estão.

Pela minha casa, objectos que exprimem essa ligação: quadros, fotografias, bibelots, copos, canecas... No iPod A Naifa, Oquestrada, Deolinda, Amália. E da cozinha saem cheiros de ensopados, assados com massa de pimentão, couves, refogados, feijoadas, coentros, hortelã, poejos... Por todo o lado me rodeio de coisas que me fazem lembrar das minhas origens. Não só por saudosismo, mas porque de facto, exprimem parte do que sou.

Talvez tenha uma visão muito toldada pela distância, mas os portugueses são prestáveis, pessoas quentinhas, limpas, amigas e isso é algo que não encontramos facilmente numa cidade como Londres. Eu cresci rodeada dessas pessoas e é tão bom que isso seja uma parte tão grande de quem sou."

Cover me Up!

Grande!

Faz-me ouvir o teu canto, o eco

dos passos sob a negrura das abóbadas, e
o perfume de uma rosa de pele no fundo
dos tapumes. Envolve, ó deusa da tarde,...
com a seda do teu corpo os corpos
que a noite deixou exaustos, e abraça
com um rumor de ausência os solitários
inquietos, como se tivessem perdido
o rumo do inverno nas linhas interrompidas
das suas mãos.

NUNO JÚDICE, in NAVEGAÇÃO AO ACASO (Dom Quixote, 2013)

Digam bom dia com m... Woodkid!

Hoje fui ao topo do mundo bejense e voltei

A caminho

No topo do mundo ou por outras palavras na Ermida de Santo António dos Açores,

 Vidigueira 

A vista do topo do mundo. 

Lá ao fundo, onde deixa de se ver, está Beja.

Como ouvir um concerto de Tame Impala sem sair do sofá!

Esqueçam o ar dos moços... isto é descendência directa dos Beatles! Que bom.

Durante toda a vida seguiram paralelos. Algumas vezes fizeram tangentes um ao outro. Um dia intersectaram-se e desenharam um círculo perfeito.

Nós!

 

Não sendo preguiçosa considero mesmo muito difícil o acto de sair da cama de manhã. Isto em dias normais. Quando os dias se preveem complicados ou tempestivos a dificuldade em deixar os lençóis polares é ainda maior.

Esta semana andei assim... quase a puxar os pés para fora da cama. A maldizer a noite que ainda existe fora da janela enquanto desperto rabujenta para um dia de trabalho frio e aborrecido.

O Sol nasce quando estou no carro, entre casa e o trabalho, e muitas vezes é o suficiente para (juntamente com uma ou outra música jeitosa) me deixarem um pouco menos rabujenta. Mas bom, bom é mesmo quando chegamos ao local de trabalho e a paisagem que nos rodeia é a da fotografia em cima. Tudo passa e só me resta sorrir ao dia que acabou de nascer. 

The Wednesday Breakdown! (com muiiiito atraso)

Set my mood!

Quero sentar-me no teu colo
e prender-te em meus braços,
beber dos teus lábios a doçura
de um mel que nasce na cor dos...

teus olhos e perder-me por lá,
como quem se afunda em desejos
para sempre. Ouvir o teu sangue
gemer e gritar o meu nome – aflito.

Pousas em mim uma ânsia e rendo-me
ao teu corpo, à sede da minha pele – quero
falar-te baixinho e beijar-te segredos.
Não digas nada, a minha alma vestiu-se de ti.

CARLA PAIS (a publicar)

E agora vou ser a mestre do suspence dos posts

 

 

O que se segue:

- A prova de que ter um carro é ter uma amante e que o meu se chama Christine

- De como os torresmos do rissol foram injustiçados naquilo das Sete Maravilhas da Gastronomia

- Beja, a cidade com menos fast food de Portugal onde um chinês chamado Glamour Contagiante é rei

O céu hoje no meu local de trabalho, em Beja, para saudar o novo ano.

E é saudar mesmo, sem ironias, que isto das paisagens demolidoras inesperadas refrescam-me

até as entranhas mais negras.

“It is better to have your head in the clouds, and know where you are... than to breathe the clearer atmosphere below them, and think that you are in paradise.” 

    

    Henry David Thoreau

Tendo em conta a minha ausência nos últimos tempos, este blog vai passar uma parte do mês de Janeiro a falar de 2013. Em jeito de memória e tal! Uma das melhores coisas que retirei deste ano, que para os meus lados foi francamente bom, foi este delírio sonoro

The Wednesday Breakdown (com delay e especial passagem do ano)

E depois de um ano novo assim (e sim... sou eu e uma pessoa com cabeça de cavalo) 

só me resta colocar esta imagem!

Para um novo ano

(no ano passado deixei aqui os meus desejos para 2013, exige-se agora um certo balanço)

Ter um amante com sotaque australiano. Não precisa de ser da Austrália, basta o sotaque. (não foi bem com sotaque australiano, foi mais moçambicano-portuense, mas não me dei bem com essas latitudes e virei-me para a CRIL/2ª circular, assim a basa de entendimento é a mesma)

Ignorar a precariedade e voltar a ter brio profissional. (Done! Ando encantada com o meu trabalho de um modo como nunca estive. É a calma de alguns anos de experiência com a certeza de que se faz bem)

Ir à Toscana. (este ficou pendurado, pelo menos, até 2015)

Ler 35 livros (o que vai ser um custo, este ano tive que fazer um verdadeiro sprint final para ler 30).  (Done! Para este ano o objectivo é de 40!)

Variar de penteado. (parcialmente conseguido. A maior parte do tempo ando com o mesmo risco ao meio e cabelo ondulado natural, mas no restante lá consegui ter pachorra para esticar, fazer trancinhas e rabos de cavalo decentes)

Subir, ao fim de uns 15 anos de fobia, para cima de uma bicicleta. (Este é um super DONE!! Foi uma das coisas que mais prazer me deram, voltar a sentir o ar na cara enquanto ando de bike)

Andar de bicicleta. (por supuesto que si)

Ir a Santiago de Compostela. (este ficou para 2014)

Tornar-me mestre das patologias dentárias medievais. (grande e suado Done!! Muito trabalho para um final que me sabe muito bem)

Voltar a ver Munford and Sons. (Done! E como foi bom!)

Ouvir in vivo e pela primeira vez Depeche Mode, Blur, Alt J, of Monsters and Men e Kings of Leon (so far). (Nada disto... o meu Verão chamou-se tese)

Fazer mais geocaching. (Não tanto como gostaria, mas ainda assim, cumprido)!

Converter amigos para o geocaching. (Que me lembre converti dois...por isso, done :)!)

Conviver mais. (Done! E não foi fácil que  eu sou meio bicho do mato)

Ficar menos em casa. (Conseguido, nem que seja porque fora de casa tenho mais espaços engraçados à minha volta)

Poupar. (Conseguido parcialmente, acabei o ano sem dívidas e com dinheiro para uma viagem...mas a 10 dias do fim de Dezembro o meu carro avariou e lá se foram 700 euros...)

Arranjar cortinados, candeeiros e uma estante para minha casa. (Ok, desta lista só arranjei um candeeiro e um cabide para o hall de entrada, mas é progresso na mesma não é?)

Comprar um CD. (Grande surpresa, comprei uns 30 CDs. Obrigada FNAC dos CD´s a 5 euros)

Trazer a aparelhagem de vinis na minha mãe e comprar vários LP´s. (nada disto)

Usar mais batom. (feito, pareço uma dondoca agora)

Ver, ouvir, ler um clássico por mês. (não sei se foi um de cada todos os meses mas entre discografias clássicas, Madame Bovary, Carrie, Kant e Rousseau, Blade Runner e Suspiria não devo ter ficado muito longe)
Tratar de saber de onde vem a minha dor ciática. (continuo sem saber mas também não se manifestou mais) 

Tirar 50 euros do ordenado todos os meses e colocar no porquinho mealheiro que a minha mana me deu pelo Natal (maneira de pagar a viagem à Toscana). (como se verifica pela minha não ida à Toscana, isto não aconteceu)

Também todas as moedas de dois euros do meu porta moedas serão retidas no porquinho (maneira de pagar os concertos). (iden, aspas aspas)

Mad Men, Game of Thrones, True Blood, Boardwalk Empire. (Done, done, done - este infelizmente - e done)

Novo do Tarantino, do Woody, do Almodovar. (Sou uma vergonha, só vi o do Tarantino, mas em compensação é um graaaande filme)

Ver o Daniel Day Lewis. (Done, o Lincolm não desiludiu mas também não apaixonou. O oscar devia ter ido para o Joaquim Phoenix)

Ir ao Teatro. (um grandioso done, entre o Teatro Rápido de que fiquei fã e o final do ano na companhia de A Noite de Saramago, este foi um dos anos em que mais fui ao teatro)

Fazer praia (de preferência mais do que as 4 vezes que fui este ano). (Feito, não fui as vezes que queria mas as que consegui e não cedi à preguiça)

Dar um jantar em minha casa. (foram a minha casa cozinhar, mas isso conta não conta?)

Dizer que sim a pelo menos três jantares em casa de outras pessoas. (não foram três mas pelo menos dois foram e isso, minha gente, é uma vitória)

Aprender a tocar guitarra. (andei a aprender e tal mas quando me comecei a dedicarcom afinco parti uma corda e ela lá está, sossegadita, encostada à parede)

Fazer bolos. (incrível, não fiz nenhum)

Não ceder à Zon ou à Meo. (implacável, não cedi)

Ir a Londres visitar a A., a O. e a N. (não foi em 2013, mas foi em 2013 que marquei a viagem, no final de Janeiro lá estarei)

Visitar uma cidade espanhola onde ainda não tenha ido. (ficou para 2014)

Fazer finalmente a minha tatuagem. (esta é a coisa que mais tenho adiado, ainda não foi em 2013)

Conhecer, pelo menos, três novos sítios em Portugal. (Beja, Tróia, Évora, Porto)

Mimar mais aqueles que amo. (Done!)

Visitar o Porto. (Done!!)

Embirrar menos com as pessoas que não sabem conduzir, com os peões que não sabem circular e com os carros mal estacionados. (a idade serve para alguma coisa e eu casa vez me chateio menos)

Tentar ter uma hora de sono regular. (A custo e depois de me tornar muito regrado, conseguido)

Ler as revistas que compro. (ehhhh pois, nem sempre)

Imprimir fotos digitais e fazer um álbum. (ainda não foi este ano)

Insistir no sorriso. (CONSEGUIDO :) )