A visita ao murseu de Etnografia dá para um número quase infinito de posts mas se o museu é tão rico não seria justo simplificar.
As imagens de hoje são da exposição dedicada a Franklin Vilas Boas com peças adquiridas por Ernesto de Sousa.
Franklin, filho de canteiros, trabalhadores da pedra era totalmente contrário a tal ofício. A escultura estava-lhe no sangue, mas procurava por madeira.
Autodidacta, assume peças de características entre a natureza, duplamente representada, já que usa os troncos para esculpir formas faunísticas e humanas, e o divino.
Os tipos estáveis têm com frequência
carácter antropomórfico. Geralmente relacionam-se com uma iconografia
cristã, muito vaga, muitas vezes de ressonância oriental nos respectivos
títulos: Egipto, Moisés… Ao rigor dos tipos corresponde uma imensa
variação plástica, e muito mais íntima que simplesmente decorativa.
As árvores velhas, ou fragmentos de árvores, que perderam a dignidade
erecta da árvore, caem, literalmente, num tratamento semelhante aos do
segundo tipo. Na verdade, trata-se, aqui também, de um encontro da
matéria com o correspondente e prévio imaginário.” - Ernesto de Sousa
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