28.8.13

Quando eu já acho que ele roça a perfeição



 
ele diz que faz geocaching.
(eu sinto que ganhei o euromilhões... vamos ver se não acabo como o outro que matou a velhinha)

Miley, Miley (tão mau que foi épico)



 
Daqui (leitura recomendada)
 
 


E se um dia duas russas lhe cantassem fado?



O tema foi cantado inicialmente em português e por fim em russo e tártaro.

24.8.13



Salvador Dali
Ballerina in a Death's Head
 
 
"A morte pode dar ensejo a dois sentimentos opostos: ou fazer pensar que morrer é tornar-se o mais vulnerável dos seres, sem defesa contra o desconhecido; ou que é tornar-se invulnerável e afastado de todos os males possíveis. Em quase todos, esses dois sentimentos existem e alternam-se. Passa-se a vida temendo ou desejando a morte."

Paul Valéry, in 'Pensamentos Maus e Outros'

O lado negro das redes sociais



Descobrir que secretamente o nosso pai é um devorador de música da Beyoncé...

É um guilty pleasure


mas de tempos a tempos espreito o blog do Cláudio Ramos. E desta vez adorei tanto um post que até deixo o link (aqui)!

23.8.13

Cover me Up



Ericeira





 
As razões que nos levam a chegar e partir são múltiplas. Aquelas que nos fazem reaproximar são só nossas, fruto de uma vontade de reafirmar uma amizade 10 anos depois. Os percursos são vários e distintos, os gostos só por vezes tangentes... mas as gargalhadas são o que nos une. A genuinidade de um sorriso (que outros pensariam tolo) ou o à vontade em todos os gestos, essas são as marcas da amizade. Obrigada M. por uma tarde perfeita! 

Oh it hurts!


22.8.13

Empreendorismo é



Duas palavras: Diego Luna



Gostei deste filme. Tive como bónus o Diego Luna, porque não sabia que também estava no elenco, e a Alice Braga, que conhecia de I Am Legend, e de que gosto muito.
De há uns anos a esta parte nunca levo grandes expectativas para filmes sci-fi, porque a parte visual é geralmente tão trabalhada que o argumento se resume a uma três linhas narrativas. Isto provoca-me uma certa frustração porque acredito que este género de filmes é o melhor para fazer alegorias à realidade ou levantar problemas filosóficos (eu sei, 2001 Space Oditty) sem perder o lado de entretenimento.
Elysium tem de facto o seu calcanhar de Aquiles no argumento embora este seja ainda assim mediano e praticamente todos os actores se empenhem em defender bem as suas personagens. O facto de o filme girar em torno de uma saúde para os ricos e outra para os pobres é também interessante e merece discussão depois de se sair da sala de cinema. Parece-me bem que já se vive um pouco assim. Matt Damon, um actor com quem não simpatizo particularmente, está bem e Jodie Foster nunca desilude, embora tenha que lidar com uma personagem que faz lembrar a de Charlise Theron em Prometheus, muita parra e pouca uva. Visualmente tem a medida certa, não são só efeitos especiais (ou melhor são, mas nós não estamos sempre a dar com eles - subtileza portanto), e há ainda um mundo futurista interessante, muito afavelado, que segue a linha do que o realizador nos tinha revelado em Distrito 9, o seu primeiro filme.
Resumindo, recomendo. E tem o Diego Luna!

Tróia - 2013



Os pais C., nos inícios dos anos 80, decidiram ir passar a lua de mel a Tróia, que era assim como ir a Chipre mas numa via low cost, com vista para Setúbal. Ao longo de muitos anos Tróia era um local mítico nesta família, do qual muito se falava, mas onde nunca íamos. Mas um belo dia, o Sr. Belmiro decidiu comprar  toda a península e enviar as torres da Torralta para um sistema solar mais distante, criando assim o Tróia Resort.
Há uns anos que tinha vontade de lá ir até porque amigos me falavam bem do sítio e também pelas vista que se tinham da zona na Arrábida. Se bem o pensei melhor o fiz. Agarrei na companhia e lá fomos nós.
Passada a saída de Setúbal na autoestrada achei que já estava a chegar. Coisa mais errada. Tróia fica bem mais longe do que julgava e demorei mais do que uma hora a chegar. Depois de sair em Alcácer do Sal e passada a Comporta (sim!...), ainda se anda uns bons quilómetros até chegar ao resort (sítio das praias). Nisto o carro tinha-me avisado que estava na reserva (bonito...).
Depois de dar umas voltas ao local percebo que a entrada para as praias é só uma e que não havia qualquer sítio para estacionar... Resultado o carro tem que ficar num parque subterrâneo pago.
Chegada à praia a vista é o que mostram as fotos, ou seja, lindíssima e muito envolvente. A praia é uma língua de areia estreitinha mas chegou bem para estender a toalha. A Arrábida é mesmo mágica vista dali e a água calma como a de uma lagoa (pormenor, também é muito fria).
Dado um mergulho para baptizar a experiência e passadas umas duas horas agarrámos nos tarecos e viemos embora que o parquímetro estava a contar e ainda não sabíamos onde abastecer o depósito. Com alguma sorte (o coração já estava a enfrentar uma taquicardia, embora estivesse a disfarçar bem) depois de uns bons quilómetros na reserva lá encontrámos um posto de gasolina...onde?... pois na Comporta!  
Já vos contei que a água é salobra? Daquelas em que se dá um mergulho e se fica com um pacote de sal grosso preservado acima das sobrancelhas? Ora então é só para acrescentar que chegámos a casa e não havia água.
Ah, e isto foi assim um género de primeiro encontro... Devo ter ficado apresentada!


P.s. Encontrei isto... São mesmo os Roxette, que gravaram um vídeo na Tróia pré-implosão. Priceless.

The Wednesday Breakdown (once again w/ delay)



Uma ode ao Verão!

Set my Mood



"What are we gonna do
If we start to doubt, if that fire goes out"


20.8.13



Amanha vou sair o dia todo...com ele!
(o pequeno coração de Lili bate violentamente contra um peito ofegante de expectiva, ansiedade e excitação!)


19.8.13

Uma quantas postas de pescada




1. Não sei quem é o Lorenzo (mas ao que parece é da família) e gostava muito de não saber quem é a Judite. Para me redimir já à uns meses que o único telejornal que vejo é o da SIC, pelas reportagens e coerência.
 
2. Vivo em Odivelas, conhecida cidade suburbana, por vezes comparada com a Amadora e afins. Ora de há uns anos para cá a Câmara está bem entregue (e logo a uma mulher, o que me dá um gozo extra) e a cidade tem crescido melhor, com maior planeamento (sem pressas), com locais verdes maiores que um azulejo e com maior segurança do que a maior parte das cidades vizinhas. Assim, e só por isto, pelo trabalho feito, é que vou votar nos socialistas este ano. Acho que toda a cambada circense que aí anda a tentar ficar no poleiro por mais tempo devia ser corrida com zero votos, já que parece que os munícipes são uns parvos que basta estar lá o nome do Isaltino (por exemplo) vão logo a correr votar no Sr.
 
3. Não posso com a Assunção Esteves! Podia ir com a Judite para uma casa na Comporta brincar aos pobrezinhos e lerem Simone de Beauvoir em voz alta e com atenção a ver se aprendem algumas coisa.

"One's life has value so long as one attributes value to the life of others, by means of love, friendship, indignation and compassion."
Simone de Beauvoir
 
4. Estava na esplanada do Pingo Doce (sou uma pingólica anónima que acha que não há híper nem super melhores que o Pingo e que até vai lá tomar café e ler os seus livrinhos) quando um senhor, ucraniano, sentado ao meu lado e a beber um copo de água, mete conversa comigo (na realidade cravou-me um cigarro - infelizmente para ele não fumo) em francês (se calhar também tocava piano). Diz que vai ali para estar com companhia, que é um sem abrigo, desempregado, que diz, não sabe porque ainda está à espera.
 
5. Mesmo dia, duas horas mais tarde. Decido ir dar uma vista de olhos às plantas do Pingo. Cactos a 49 cêntimos (bom) e uma planta com o que parecem malaguetas nas pontas a menos de 3 euros (muito bom). Descobri recentemente que uma casa cheia de livros e de plantas (não posso ter gatos por passar temporadas a trabalhar longe) é para mim sinónimo de felicidade. As senhoras encarregues da parte das plantas não estão no sítio e aguardo por uns minutos. Um septuagenário aproxima-se de mim e investe com afinco na tentativa de me convencer a ir embora com as plantas sem pagar. Eu digo-lhe que isso dá mau karma e ele, embora não percebendo bem (talvez pensando que estava a falar de uma doença) vai-me buscar a empregada. Enquanto a senhora me embrulha as plantas o velhote aproxima-se e conta-me que está casado fazia naquele dia 50 anos. Dou-lhe os parabéns ao que ele responde: "Menina estou casado à 50 anos e estou no Pingo Doce. Há dias de me levantar e deitar na cama sem trocar uma palavra com a minha mulher. Assim venho aqui, falo convosco, o Pingo Doce é o meu jardim.".... Ao que parece, para além das plantas e dos livros há que saber escolher a companhia que melhor nos faz sentir.
 
6. Afinal não vão à Composta, vão ao Pingo Doce. Um bocadinho de realidade não faz mal a ninguém!

Lisboa, amada cidade, surpreende a cada esquina




Balada de Lisboa

Em cada esquina te vais
Em cada esquina te vejo
Esta é a cidade que tem
Teu nome escrito no cais
A cidade onde desenho
Teu rosto com sol e Tejo

Caravelas te levaram
Caravelas te perderam
Esta é a cidade onde chegas
Nas manhãs de tua ausência
Tão perto de mim tão longe
Tão fora de seres presente

Esta e a cidade onde estás
Como quem não volta mais
Tão dentro de mim tão que
Nunca ninguém por ninguém
Em cada dia regressas
Em cada dia te vais

Em cada rua me foges
Em cada rua te vejo
Tão doente da viagem
Teu rosto de sol e Tejo
Esta é a cidade onde moras
Como quem está de passagem

Às vezes pergunto se
Às vezes pergunto quem
Esta é a cidade onde estás
Com quem nunca mais vem
Tão longe de mim tão perto
Ninguém assim por ninguém

Manuel Alegre, in "Babilónia"




O poder jaz na sandália



Bruce Lee e Chuck Norris com James Coburn e Mike Stone (1969)

Just a regular sunday



 Montar  móveis do Ikea (uma manhã)
 
Jardinar (uma tarde)
 
 
O resultado (mesa de apoio toda catita para trabalhar e fazer puzzles - uma obsessão por estes lados)
 
 
A janta  é sushi na companhia de uma amiga do coração que se mudou para Trás-os-Montes. Mas nada de fotos que de sushi está a blogosfera cheia.

18.8.13

Set my Mood



E ainda voltaremos a este assunto
(quando digerir o concertão de ontem)



"Nos meus períodos de quebra, punha-me a pensar para que servia criar arte, a quem se destinava? Estaremos a animar Deus? Estaremos a falar para nós mesmos? E qual era o derradeiro objectivo? Termos a nossa obra enjaulada nos grandes jardins zoológicos do mundo das artes- O Modern, o Met, o Louvre?
O que eu queria era honestidade, mas encontrava desonestidade em mim própria. Porquê cometer arte? Pela auto-realização, ou pela arte em si mesma? Confrontada com a ambição, parecia demasiado fácil contribuir-se para o excesso, a menos que se oferecesse iluminação. (...)
Robert tinha pouca paciência para estes meus ataques de introspecção. Ele nunca parecia pôr em causa os seus impulsos artísticos, e através do exemplo dele compreendi que o que interessa é o trabalho: o fio de palavras impelidas por Deus que se transformam num poema, a camada de cor e de grafite riscada sobre a folha de papel que amplifica o movimento d´Ele. Conseguir na obra um equilíbrio perfeito entre a fé e a execução. Desse estado de espírito surge uma luz, carregada de vida."
 
Patti Smith em Just Kids (autobiografia sobre a sua relação com Robert Mapplethorpe, a arte, a música, a poesia e Nova Iorque)

15.8.13

Obrigado Estado por ter tantas casas de amigos espalhadas pelo mundo (post revisto e actualizado anualmente)


-N., cinema, Londres
-C., estética, Canadá
-N. e A., engenharia informática e arqueologia, Londres
-L., arqueologia, São Paulo
-O., arquitectura paisagística, Londres
-S., dança, Suíça
-M., educação física, Luxemburgo
- D, genética, Dublin
- C, produção vídeo, Alemanha
- R, antropologia forense, México
- A, arqueologia, Inglaterra
(post em actualização, anterior aqui)

The Wednesday Breakdown (com delay)


E agora é tempo do verdadeiro artista



 
Por coisas como esta
 
 
  
"but it was Saturday night
I guess that makes it all right
and you say, "baby, have you got enough gas??"
(post descaradamente copiado do M)

Até sábado, sim?


14.8.13

 
The Embrace in the Street, 1900
Pablo Picasso
 
 
Tenho saudades da carícia dos teus braços, dos teus braços fortes, dos teus braços carinhosos que me apertam e que me embalam nas horas alegres, nas horas tristes. Tenho saudades dos teus beijos, dos nossos grandes beijos que me entontecem e me dão vontade de chorar. Tenho saudades das tuas mãos (...) Tenho saudades da seda amarela tão leve, tão suave, como se o sol andasse sobre o teu cabelo, a polvilhá-lo de oiro. Minha linda seda loira, como eu tenho vontade de te desfiar entre os meus dedos! Tu tens-me feito feliz, como eu nunca tivera esperanças de o ser. Se um dia alguém se julgar com direitos a perguntar-te o que fizeste de mim e da minha vida, tu dize-lhe, meu amor, que fizeste de mim uma mulher e da minha vida um sonho bom; podes dizer seja a quem for, a meu pai como a meu irmão, que eu nunca tive ninguém que olhasse para mim como tu olhas, que desde criança me abandonaram moralmente que fui sempre a isolada que no meio de toda a gente é mais isolada ainda. Podes dizer-lhe que eu tenho o direito de fazer da minha vida o que eu quiser, que até poderia fazer dela o farrapo com que se varrem as ruas, mas que tu fizeste dela alguma coisa de bom, de nobre e de útil, como nunca ninguém tinha pensado fazer. Sinto-me nos teus braços defendida contra toda a gente e já não tenho medo que toda a lama deste mundo me toque sequer.

Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)"

13.8.13

Fã me confesso!





AINDA AGORA É MANHÃ

Ainda agora é manhã, e já os ventos
Adormecem no céu. Pouco a pouco,
A névoa antiga e baça se levanta.
Ruivamente, o sol abre uma estrada
Na prata nublada destas águas.
É manhã, meu amor, a noite foge,
E no mel dos teus olhos escurece
O amargo das sombras e das mágoas.


JOSÉ SARAMAGO, in PROVAVELMENTE ALEGRIA (Caminho, 5ª ed., 1999)

Set my Modd


O que fazer com estas férias?



Eis chegada a altura em que finalmente tenho 15 dias destinados ao dolce fare niente. Pensei nestes dias mais vezes por dia do que o mentalmente saudável, mas os dois últimos meses foram muito exigentes e esta era meta que às tantas me motivava.
No dia 1 de Agosto lá estava a fazer as malas e, parte mais importante de todo o processo, quais os livros que ia trazer. A selecção caiu nos da foto em cima. Só li um (o mais fino) e um quarto de outro... O que fiz com o resto do tempo? Não sei muito bem! O que sei é que pela boca morre o peixe e em vez de ficar a ler os meus livrinhos me vi num concerto do Anselmo Ralph descobrindo com enorme surpresa que o senhor não só canta bem como tem uma banda muito jeitosa a acompanhá-lo, é pena que as músicas sejam assim um bocado para o cocó. No final do concerto achei que o sr. Ralph é assim umas mistura de Bonga  e Robert Johnson.
Depois do infame concerto vi Orelha Negra + Orquestra + Valete e fiquei de queixo caído. Já gostava muito e fiquei a apreciar ainda mais. Tudo ali é bom. E eu já vi Xutos+ Orquestra e GNR+ Orquestra, que não tem, assim nem de longe, nada que ver com Orelha Negra. Para quem não viu aqui ficam uns mimos.
 
 
 
Este último vídeo, em que a música age em combinação com a arte de Vhils, vale bem a pena.
 
Ora entre leituras incompletas, visitas inesperadas a festivais, praias lotadas e dias de cacimba, noites que principiam tímidas e acabam às 6 da manhã (e como eu odeio voltar para casa de dia), passeios pela costa alentejana regados a vinho verde e alimentados pelo (pouco) marisco que se consegue pagar não sobra tempo para nada daquilo a que me propus... Resta chegar a Lisboa e tirar férias das férias.
Assim como assim esta Lili já merecia uns dias em que lavar a loiça é o ponto máximo de actividade.  

Verão



Zambujeira do Mar

9.8.13

É tramado



quando o alvo da nossa paixão desregrada nos beija exactamente,  não como queremos, mas como sempre soubemos que íamos gostar.

"Lust's passion will be served; it demands, it militates, it tyrannizes."

Marquis de Sade

Vistas de casa



Graças ao Pedro B lembrei-me de como gosto de olhar para cima nas ruas de Coimbra. As varandas, os estendais, as flores à janela, os gatos e o céu. É quando olho para lá que me sinto em casa.

Cover me Up


8.8.13

Nova obcessão: Robert Mapplethorpe


 
Auto-Retrato no ano da sua morte
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


"I'm looking for the unexpected. I'm looking for things I've never seen before."

Robert Mapplethorpe



Set my mood!


O que andei a fazer e por onde ando...


O que andei a fazer...
 






O que ando a fazer...
 
 

 

E de regresso...


"We cannot conceive of matter being formed of nothing, since things require a seed to start from... Therefore there is not anything which returns to nothing, but all things return dissolved into their elements."

William Shakespeare