29.7.15

Hoje

"When did you last feel loved? Had your forehead kissed, your eyes met… had someone listen to the story of your day – had someone invite you into their brain, their routine, their hometown? When was the last time you felt love move back and forth freely between yourself and someone else without having to qualify it or justify it?
It’s a good thing."

28.7.15





Há fins de tarde nada românticos. Sem melancolia. Fins de tarde que simbolizam fins de dias esconsos. Negros, feios, sem magia. A esperança fica à porta, a ponta do pé ali junto ao umbral à espera do dia seguinte.

27.7.15


Em Beja

Posso estar longe de paredes queridas ou abraços confortantes.
Posso estar longe de uma cama que reconheço e de um espelho que me conhece.
Posso não ter espaço para animais de estimação.
Posso ter que escolher apenas plantas de folha carnuda ou cactos.
Posso lutar por manter rotinas.
Mas tenho sobreiros e abetardas. 
Tenho todos os livros de bibliotecas.
Tenho a novidade.
E os lugares... não há substituto para os lugares que nunca se chega a conhecer.

25.7.15



Uma semana numa aldeia à beira mar. 
Sobrevivi a alpercatas com purpurinas "família real espanhola style", um bombardeamento, vindo de todas as direcções, de gin, a gente que vai para a praia com cadeiras viradas de costas para o mar "só para apanhar um bronze", meninas que só sabem apanhar o cabelo no cucuruto e ao hype dos percebes.
Comi choco frito, calcei chinelos do Kiabi, bebi leite ucal, apanhei o cabelo (imagine-se) num rabo de cavalo, li até me doerem os olhos e deitei-me na toalha de praia a saborear a brisa marinha.
Como todos os arqueólogos, sou old fashioned.

Férias já  se foram e começa agora uma nova etapa.
Um mês e meio mais em Beja. Terminar o trabalho iniciado e rumar ao Centro do país lá para meados de Setembro.
Depois é voltar onde já fui  - por quatro vezes - feliz. E iniciar a investigação que sempre quis fazer.
Quando é por gosto não cansa não é mesmo?
Entretanto arranjar mais 20 000 projectos para ter  income (na carteira e na vida).
E descansar? 
Mudar para mim já é descansar. 
A vida não têm modo de pausa.

24.7.15




Vive-se quando se vive a substância intacta
em estar a ser sua ardente   harmonia
que se expande em clara atmosfera
leve e sem delírio ou talvez delirando
no vértice da frescura onde a imagem treme
um pouco na visão intensa e fluida
E tudo o que se vê é a ondeação
da transparência até aos confins do planeta
E há um momento em que o pensamento repousa
numa sílaba de ouro É a hora leve
do verão a sua correnteza
azul Há um paladar nas veias
e uma lisura de estar nas espáduas do dia
Que respiração tão alta da brisa fluvial!
Afluem energias de uma violência suave
Minúcias musicais sobre um fundo de brancura
A certeza de estar na fluidez animal

António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"

Et voila, Petit!


Pim!



Pam!

Philippe Petit




Philippe Petit



Pum!


20.7.15

18.7.15

o melhor livro que li este ano em três frases






“Anything can happen to anyone, but it usually doesn't. Except when it does.” 

“It's so heartbreaking, violence, when it's in a house-like seeing the clothes in a tree after an explosion. You may be prepared to see death but not the clothes in the tree.” 

“There were two types of strong men: those like Uncle Monty and Abe Steinheim, remorseless about their making money, and those like my father, ruthlessly obedient to their idea of fair play.” 

15.7.15

Set my Mood



Eu acho mesmo que é a música que nos vai salvar.
Se não a humanidade
pelo menos cada um dos dias que passam.

a geografia



Quem manda é a economia.
Não. É a política.

I M P L O S Ã O

Afinal, o fim de tudo, o que fica, é a 
geografia.

E, assim, tudo começa de novo.

Em terra de cegos




Sobre as presidenciais: com estes candidatos estapafúrdio se D. Duarte fosse a jogo ainda ganhava.

Sr. Rei Presidente

Dom Presidente Real

Real Presidente da Republica Monárquica

Dom Rei Precidencial

(ficava aqui até amanhã mas tenho ali em espera um bacalhau à Zé do Pipo)

14.7.15

Bang Bang




O trabalho
O doutoramento
Relatórios vários
A vida

Mas se o Sócrates conseguiu atolar dirigir Portugal e ainda manter a sua actividade como zângano eu também lá chegarei.

13.7.15

Pim, Pam, Pum


Pim! 
"Make them laugh, make them cry, and hack to laughter. What do people go to the theatre for? An emotional exercise. I am a servant of the people. I have never forgotten that."

Pam! 


Pum!


[O esquecimento. Mary a primeira grande estrela do firmamento cinematográfico ensina como se esquece a si mesmo para entreter os outros. O que era para ser comédia é no final um argumento dramático. A esquecida foi ela.]

sei que tinha aqui algo emocionante para postar



O Tio Neil 
nunca falha.

Desde Abril



Já aqui não escrevo desde Abril

Deixa cá ver...
A Grécia continua na mesma.
Portugal idem aspas.
O Panteão está mais pobre. A cultura também se vem esvaziando. A educação, inexistente. O civismo, procura-se.

Morreu-me imensa gente. Outros nasceram a quem nunca imaginei filhos.
Vou ao casamento de um ex-namorado (o que vale mais de entre todos).

Ainda estou cá. Ainda existo.