31.8.12





As a woman I have no country. As a woman my country is the whole world.
 
Virginia Woolf

Para quem tem saudades da altura em que a MTV passava música por favor veja o vídeo e deixe de dizer parvoices






Parece-me um tremenda falha que não existam uma série policial americana sobre as senhoras de limpeza da Servilimpa que enquanto limpam o WC da esquadra de polícia local conseguem resolver os mais intrincados homicídios.

30.8.12

Não podia deixar acabar o mês sem falar dela...



Just perfect!




Depois de uma tarde infernal em que até tive que sair do trabalho (isto de trabalhar no meio dos campos não se coaduna com determinados estados de saúde) fiquei a conhecer o Emodium Rapid. E a minha vida mudou!

P.s. Mas o pior de andar desaranjada (como a minha saudosa avó Rosa dizia) é mesmo ter que prescindir da junk food. E é nestas alturas de proibição que o desejo aperta mais.



Preciosidades da minha Senhoria


Custa-me ter que acordar perto das 6 e 30 da manhã para ir trabalhar. Mas o que me irrita mais é quando a minha querida Senhoria se lembra de acordar 20/30 minutos antes e começa a fazer barulhos cá por casa (sobretudo o arrastar dos chinelos que de algum modo me penetra sonhos adentro). Mas pior que tudo isso é ter cá em casa a filha da Senhoria a passar férias e acordar com o toque do telemóvel dela, invariavelmente, às 6 da manhã.

O toque dela é o refrão, em modo concerto de estádio, da música em baixo...


29.8.12





My Alma mater was books, a good library... I could spend the rest of my life reading, just satisfying my curiosity.

Malcolm X

Diz que ontem foi tocada a primeira música em Marte, por intermédio do robô Curiosity. Essa música foi uma composição original de Will.I.Am, músico dos Black Eye Peas...

SEREI A ÚNICA PESSOA A ACHAR ISTO COMPLETAMENTE IDIOTA???

Então não existem na história da música temas mais apropriados a serem tocados, pela primeira vez, em MARTE?

Logo de repente lembro-me de Life on Mars de David Bowie, ou mesmo o seu Space Odity. Mas sobretudo, e até enveredávamos pelos clássicos, Strauss com Assim Falou Zaratrusta, abertura do filme 2001, Odisseia no Espaço de Kubrik.

Porquê desperdiçar uma oportunidade tão bonita com bullshit music.
 

The Wednesday Breakdown







Depois de muito ponderar sobre trazer ou não umas calças velhas na mala de viagem desta semana eis que elas vieram dar um passeio ao Alentejo.
E que bom é, logo pela manhã, vestir as não poucas vezes ignoradas calças, e deparar-me com 10 euros num dos bolsos.

Acabaram de ganhar mais um ano de vida.

28.8.12

Dia de Felicidade: hoje está a ser




Feliz só será
A alma que amar.

'Star alegre
E triste,
Perder-se a pensar,
Desejar
E recear
Suspensa em penar,
Saltar de prazer,
De aflição morrer —
Feliz só será
A alma que amar.

Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções"
Tradução de Paulo Quintela



Com um piscar de olho alí à Pin!

(atenção que este filme - Battleship Potemkin de Sergei Einsestein, de 1925 - é um clássico obrigatório)

Do Estado ser estadinho (ou de como é que se pode ser Estado sem se saber o que é Serviço Público)




É verdade que sou tendenciosa. Não tenho TV em casa, o pouco que vejo é na casa dos pais ou nos cafés. Mas, mesmo sabendo o papel que tem a RTP2, um verdadeiro desafio à política mercantil de hoje, em que tudo o que não dá lucro acaba (e nisto insere-se a cultura portuguesa e muitas vezes a ciência), eu não acho que o seu encerramento seja um desastre total. Há já muito que a sua programação estava descuidada (hello 5 noites 5 filmes) e eram poucos os programas a que não se tivesse acesso através dos canais por cabo, nos dias de hoje muito disseminado.

Por isso o que me preocupa é a venda (ou coisa alforrecamente semelhante) da RTP1. Se dois canais do estado (de SERVIÇO PÚBLICO) tem um custo insuportável (que as pessoas e instituições que consomem electricidade pagam indiscriminadamente, como eu, que nem TV tenho) que se acabe com um, mas que aquele que fica cumpra o papel para que foi criado e que no meu entender é apresentar programas que mesmo que não dêem lucro, ou sejam outsiders, são de exibição fundamental para os cidadãos (mais uma vez, aqueles que pagam) e nisto não se inserem as séries da Plural que ficam muito bem na TVI, mas já se inserem os filmes portugueses, que o financiamento e posterior exibição na TV pública ajudariam a suportar o CINEMA em Portugal. Não é o Preço Certo (cuja função de ajudar a contar em euros há já muito terminou) mas os Jogos das Selecções Portuguesas (todas!). São programas de música verdadeiros (onde se inclua todos os géneros) e não um Top + miserável à boleia das tabelas de vendas. São reportagens de fundo, documentários de autor, curtas metragens, peças de teatro, o Regiões, a Sociedade Civil, programas decentes de entrevista (que não sirvam o Estado mas o cidadão), transversais, talk shows sem censura ou interesses comerciais, programação infantil e juvenil estruturada e pedagógica, coisas sem audiência como o Direito de Antena, a Fé dos Homens, O Tempo e a Gente, Biosfera, etc.

Não é certamente um canal cujo dono é angolano ou uma empresa privada que vai entender o que é Serviço Público. Sobretudo se nem o próprio Estado o entende.

Para terminar.. há uma rádio pública e nacional neste País, caso único, em que existem programas de autor, com numa linha definida, programação diária com locutores formados em bom português e dicção correcta, espaço informativo que privilegia a difusão cultural e que não trata os ouvintes como se fossem atrasados mentais. Essa rádio é a Antena 3. E por programas como o M de Mónica Mendes, o Coyote de Pedro Costa  , ODAJOANA de Joana Dias, A Hora do sexo com Raquel Bulha e Quintino Aires, Canções com História de José Paulo Alcobia e Pedro Costa, Música sem Filme de Paulo Castelo, Planeta 3 de Raquel Bulha, Portugália de Henrique Amaro   e o Indiegente de Nuno Calado eu sou muito mais música e muito mais feliz porque muitas vezes a minha alma foi salva por um programa de rádio. Acabar com esta rádio é um crime cultural. Mais um.

Por vezes apetece mas nem todos somos o Dr. House









Trabalhar numa esplanada é muito bom, para o corpo (muito mais relaxado) e para a mente (descontraída e logo bem mais operacional). Mas estas moscas...