8.5.17

Blogotéque




Viajar para fora. Long time ago.
Viajar em Lisboa. Hoje.
Viajar em Portugal. No futuro (?).

7.5.17




A crescente e insana ideia de que de vez em quando os povos precisam de um ditador para arrumar a casa e fazer valorizar a liberdade.




Que aprendeste com mais um ano Lili?

Usar melhor o tempo. Fazer mais com menos.

Tirar um fim de semana e desaparecer para um lugar inóspito (e sem possibilidade de contacto) no dia de aniversário. Não ficar todo um dia ao telemóvel.

Ganhar controlo da minha vida! 


Como ouvir um concerto de Thurston Moore sem sair do sofá



Sobre a Baleia Azul



Pais e políticos americanos estão muito preocupados com o modo como esta série fala de suicídio na adolescência.
Podre.
A preocupação não é por jovens com tudo para viver se sintam tão mal que escolham morrer é mesmo por se falar disso.

E depois admiram-se por estes serem os mesmo que votaram no Trump.

O que dizer dos 32 anos


via GIPHY


São 32 Primaveras.
Desde os 23 que não faço particular esforço em as comemorar.
Estes são dias estranhos. Um dia, lá no passado, nós e a nossa mãe, em esforço mímico, lutámos por esse meu privilégio, respirar. 
Agora, para além do beijinho de amor partilhado com a família, o dia trás-me sempre uma sensação de tarefas incompletas. Tarefas futuras, algumas conhecidas e outras não, que me angustiam na sua possibilidade. 
Isto é a metade em que olho para  a frente hipotética. A outra parte do dia é a olhar para o passado real.nostalgia foi mais forte
Não sendo saudosista sinto-me sempre nostálgica. 

Hoje a  nostalgia foi mais forte. 

No dia em que fiz 32 anos soube que a minha escola preparatória foi demolida.
Era provisória há 26 anos. Era velha e estava abandonada há uma meia dúzia mas era a minha (e a nossa) escola.

Lembrei-me de coisas avulsas.

Primeiro as sensações.
O vento do fim da tarde a soprar por entre as árvores (que árvores?) junto ao pombal.
A angústia de ter que jogar em equipa nas aulas de educação física (eu sou mais livros).
O nervoso miúdinho ao entrar na escola com uma mini saia nova (todas as raparigas combinavam um dia para ir de mini saia).
Jogar à sirumba no pátio entre risos e gargalhadas.
Campeonatos de diablo e o orgulho de ser a melhor (foi a única coisa na vida em que fui a melhor). 
O banco em que ouvi a primeira K7 de Smashing Pumpkins gravada pelo João.

Depois os locais.
A parede de tijolo onde decorria o jogo do mata. Todos alinhávamos sem vontade.
As casas de banho com o interior pintado de verde.
As traseiras da escola em que fumávamos aparas de lápis enroladas em papel vegetal.
As outras traseiras da escola para onde ia  ler o jornal Blitz nas tardes de terça.
A sala de música onde ensaiámos o "Estou na lua".
As paredes escritas com corrector branco "Joana + Djaló ASF".
A rádio-escola com músicas pedidas: Metallica, Entre Aspas, Backstreey Boys e Mamonas Assassinas. 

Finalmente as pessoas.
O Ganzas. Bochechas rosadas. Sem pai. Só mãe. O mesmo fato de treino todos os dias.
O Marco Paulo. Loiro. Vindo da África do Sul. Sem maldade.
A Zhara. Mais velha. Chumbava sempre. Gozada pela maioria fugíamos da escola quando se sabia que o "pai está a chegar com uma caçadeira".
A Mercedes de Vil. A glamourosa e malvada professora de EVT. Essa disciplina essencial.
A Limoneto. Professora de Françês sempre com um toque de aguardente. Uma jóia.
O Alex. Cabelo loiro cortado à tigela. Queria ser jogador de futebol à la Ronaldo. Hoje é vendedor da Meo.
Os amigos com filhos quase na idade em que nos conhecemos. 
Os amigos que já desapareceram.
Os que foram embora.

32 anos e a tua escola é demolida.
Bem-vindo à idade adulta.

Uma curta por semana



Em resumo




Mais X-Files em breve. YEY!

Finalmente vi o novo Spider Man e a coisa está mesmo muito melhor que o Peter Parker insosso que nos foi servido no início deste milénio.

Não percebo o sururu em torno do Arca (music video em baixo) mas estou a tentar.... muito...

La La Land: para cada boa ideia (e boa execução) há uma linha de argumento merdosa que arruína todo o contentamento do espectador. E aquilo é tanto um musical como o A Vida é Bela.

Gostava de falar de livros mas só ando a ler obre o terramoto de Lisboa e coisas como epidemias por isso ia só ser um discurso muito aborrecido.