26.12.12

Um ano em coisas, Cap 1: andarilha


Alentejo, na primeira foto, Ervidel, a aldeia onde trabalhei

Este ano foi cíclico e muito, muito melhor que 2012. 
Primeiro (e muito importante) não perdi nada nem ninguém. E isso salva logo um ano.
No meio de tanta coisa negativa a atingir pessoas boas consegui ainda ter trabalho no final de Dezembro, o que é uma verdadeira bênção.
Foi até um ano de muitos ganhos. Vá... não tanto monetários (mas ainda tenho esperança de ganhar o cabaz de natal do café onde vos escrevo estas linhas) ou os prémios das rifas que comprei aos mordomos da festa da aldeia onde costumo estar todos os dias, perdida no meio do concelho de Miranda do Corvo. Enfim os ganhos foram mais no domínio humano.

Fiz amigos no trabalho, amigos verdadeiros, isso é muito raro, por isso a minha carteira de amigos ficou mais recheada e eu mais feliz (certo N. Alfredo?). Fora do trabalho ganhei mais umas quantas pessoas que me tornam a vida mais leve e o sorriso mais fácil.
Ganhos também nas afinidades, com três (3!) casórios, e 5 nascimentos! E na constatação que isto do viver/envelhecer não há modo de parar. No último casamento fiquei na mesma mesa que o meu primeiro namorado, a mulher dele e o filhote que já entrou na primária...

 Alentejo nº2, o pôr do sol, lindo imperdível...

Ganhos em geografia. Comecei aqui onde me encontro - em Coimbra - estive dois preciosos meses em Lisboa, em casa, com uma rotina diária de amigos, cafés, família, para depois descer mais um pouco até Beja - Ferreira do Alentejo - onde desfrutei de um dos Verões mais felizes de sempre, entre os girasóis, o trigo, os novos amigos e a minha senhoria maluca/ senil de quem vim a gostar com carinho de neta (venho de uma longa linha de avós chaladas). A Primavera/Verão no Alentejo é um privilégio que poucos sabem realmente apreciar e serem vividos como habitante e não visita foi mesmo um dos maiores ganhos deste ano.

Taveiro, no início de 2012 a vista do meu trabalho era assim

Gosto quando as mudanças são marcadas por coisas exteriores como as Estações. Também assim foi quando voltei para Coimbra, com um ligeiro desvio de Taveiro para a zona de Mirando do Corvo, para  um novo trabalho, numa nova estação, o Outono. E que zona melhor para viver o Outono do que a serra, os rios, as mil cores das folhas e muito, muito geocaching? Lá está aqui.

Mudanças nas habitações, primeiro voltar a viver com os meus pais durante dois meses (muito difícil depois de 5 anos fora) e em seguida a minha própria casa, ainda que com mobília e azulejos do tempo da minha avó (é mesmo do tempo dela que a casa era onde ela morava) mas ainda assim o meu lugar, exclusivo, no mundo.

Eu e a L. na inauguração da casa nova
 
Depois da senhoria que tinha um quadro da mona lisa acima da cama porque pensava que era a nossa senhora

It´s real


 e se deitava às 6 da tarde calhou-me viver com a minha mana caçula, durante a semana, que acha por bem aparecer-me em casa à hora a que saio para o trabalho (sorriso amarelo). 
Uma vida saltitona e muito confusa não e?

 Alentejo nº3, dias escuros, nascimentos e pseudo fotografia

Em resumo, volto a estar em Coimbra no final do ano. O cíclico é com a tese, em Janeiro estava encaminhada, em Junho estava a todo o vapor, em Janeiro de 2013 está de novo encaminhada. 

 Mpff...tese

(Continua)
P.s. C. da Felicidade vais ficar diariamente com medo que aqui apareça uma foto tua... coisa que estou a considerar...muahahah

4 comentários:

  1. A minha ansiedade está a manifestar-se...

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  2. Não parece tão mais preenchida a vida assim, em retrospectiva anual?

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    1. Completamente. Apropriei-me da tua ideia mas não consegui ser tão sintética, tive que dividir por vários posts! Também gostei da reflexão!

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