Procura a rosa.
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser
que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e quando
nela te vires te reconheças
como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.
Talvez possas então
escrever sem porquê,
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê.
José António Pina in Poesia, Saudade da Prosa
Essa imagem tá brutal!
ResponderEliminarÉ engraçado teres dito isso. Ás vezes os post nascem em torno de certas imagens que vejo/tenho e este foi um deles! por isso o teu comment soube mesmo muito bem.
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