24.8.15


"A man who spends half a century dedicated to the study of his beautiful city’s rich history, excavating its ancient glories and sharing them with the world in museums and books; a man who, when the storm of violence approaches, works assiduously to hide those priceless artifacts from the monsters who would destroy them or disperse them into the hands of greedy, amoral collectors around the world; a man who then refuses to leave the city even though he knows he will almost certainly be a target of said monsters; a man who, at 82 years of age, sustains a month of God knows what kind of interrogation methods without breaking; a man who gives his life for love of history. That man is the hero."



Um alvo pára na cabeça dos historiadores. Por vezes é um alvo de palavras na forma de injurias. Noutras, como visto recentemente, é um alvo sobre a própria vida. Que fazem estes cientistas que apenas usam a força do raciocínio e da pena?
Eles (a sua maioria) sabem o valor do passado. Conhecem os contextos das revoluções, as razões (que tantas vezes não são as postuladas). São por isso dotados de cinismo porque já viram antes o que se passa hoje.
Há um medo em todos os ditadores, em todos os extremistas, que a verdade se saiba para lá do banho dourado que estes lhe dão. Aqui aplica-se a frase conhecida de  Heinrich Heine: "Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas.", porque o conhecimento da história é uma ameaça, assim como a cultura e o ensino. Pessoas ignorantes é o que se quer para difundir ideias sem pés nem cabeça.
Todo o mundo devia chorar a morte de um homem que apenas procurou conhecer e estudar melhor a Humanidade. Só que esta é mais chica esperta do que justa.

(Reparei entretanto que as revistas e jornais semanais de referência em Portugal não escreveram uma linha, uma reflexão, sobre esta morte... assim sendo a tristeza dobra porque eles estão a ganhar.)

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