4.4.13

Meditação do volante



Estava eu a conduzir numa das mais importantes e caóticas avenidas de Coimbra quando me me dei conta de que em cada prédio havia pelo menos um cabeleireiro. Deambulações de condutor. Não faço ideia de quem é que vai a tantos cabeleireiros ou se, existindo tanta oferta, eles tem clientes de todo. No entanto isso já não era importante porque parei num sinal e já tinha mudado de pensamento. Pareceu-me que o governo perdia uma oportunidade em não usar as cabeleireiras porque não só elas nos fazem uma literal lavagem à cabeça, como nos convencem que os penteados com que saímos do seu estabelecimento são os que melhor nos favorecem e aqueles que devíamos exibir sempre. E lá vamos nós para casa com um a disposição de quem sai do psicólogo. Um bocadinho como o menino das pipocas. 
O pior é que depois da minha visita anual ao hair stylist chego a casa e é passar a cabeça por água para ver se a coisa fica com um ar mais digno.

Sinal verde. Fim da divagação.

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