5.3.13




Há 15 anos era uma miúda.São várias as coisas que esqueci (que os 20 anos da TVI tem trazido de volta)  e outras que retive sem o querer. Algumas são situações, outras pessoas. Uma pequena parte gente que conheço e outra, bem grande, gente que me chega por outros meios, televisão, jornais, etc.
Sem o querer há uma família que se tornou recorrente ao longo desses anos. 
Vi as suas caras envelhecerem com as lágrimas que mais tarde secaram com o sofrimento. Vi os olhos perderem o ânimo, mas nunca a esperança. Lembro-me do avô e da irmã pequena. Agora julgo que é médica. Um orgulho e uma coragem que nascem da dor e do amor filial. 
Há muitos ombros nessa casa, ombros que se colam uns aos outros para suportar o peso da dor e esperarem juntos, unidos, que o futuro seja amigo.
De vez em quando penso neles, mesmo quando não aparecem na televisão, e é aí que sei que fazem também parte da minha história. Não é curiosidade, não é pena, é um género de afinidade, de (felizmente apenas) imaginar o que é ser aquela família que se tornou o rosto conhecido de inúmeras outras.

Também eu ontem sorri, pela primeira vez, com a família do Rui Pedro.

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