26.2.13

Museu de Etnlogia 4





A visita ao murseu de Etnografia dá para um número quase infinito de posts mas se o museu é tão rico não seria justo simplificar.
As imagens de hoje são da exposição dedicada a Franklin Vilas Boas com peças adquiridas por Ernesto de Sousa.
Franklin, filho de canteiros, trabalhadores da pedra era totalmente contrário a tal ofício. A escultura estava-lhe no sangue, mas procurava por madeira.
 Autodidacta, assume peças de características entre a natureza, duplamente representada, já que usa os troncos para esculpir formas faunísticas e humanas, e o divino.

“Em geral, à árvore e aos troncos correspondem tipos mais ou menos estáveis, onde é possível surpreender uma tradição, desde que desloquemos este conceito de toda a ideia genética consciente: é uma tradição sem modelos, uma tradição estrutural, se se pode dizer. Não que se tenham de pôr inteiramente de parte certas influências, mais ou menos directas. O importante é que há convergências tipológicas que o entalhador não podia ter apreendido por nenhuma via directa ou indirecta plausível – e cujo estudo terá de ser objecto de disciplinas não históricas. Noutros casos há um tipo comum a certas regiões históricas e geográficas: é o caso dos “Senhores”, que pertencem à tradição dos canteiros populares, a ceramistas, etc., e que remonta à antiguidade pré-românica.
Por agora limitemo-nos a sublinhar esta recorrência:
- árvore, troncos = temas, tipos, formas estáveis
- madeira do mar, raízes = temas instáveis, de mais evidente invenção.
 

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