Da saudade
"Conheço
pessoas que morreram. (...)Todos os dias passa tempo que não é
testemunhado por elas. Os seus olhares ficaram parados numa data que se
afasta cada vez mais. Nós, que conhecemos essa pessoas, que partilhámos
um tempo que continha a sua presença, estamos aqui e podemos avaliar o
tamanho da sua falta. Assim, da mesma maneira, devíamos ser capazes de
perceber toda a dimensão disto: o nosso nome ainda nos pertence, temos
planos banais para amanhã."
José Luís Peixoto, crónica da Visão a sair na próxima semana.
Escritor excepcional! Não são raras as vezes que ao ler JLP dou com palavras que traduzem na exactidão sentimento que não consigo nomear, sensações, que me acompanham faz tempo.
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