16.6.12



Hoje a A. chega a Lisboa. Tenho aquela sensação na barriga do género borboletas a voar. São as ânsias de rever alguém que sabemos desde o primeiro momento vai ficar connosco para sempre.

Brevemente seremos amigas há 10 anos. Ambas somos as mesmas e outras pessoas desde aquele primeiro dia, que foi também o primeiro da faculdade e o primeiro da nossa vida. São 10 anos de mudança e no meio de tudo uma constante, os amigos que ficaram.

Ainda me rio desbragadamente e ainda é dos melhores planos que posso fazer: sair com eles. Mesmo eu, que ao inicio penso quase sempre que não me apetecia assim tanto ir depois de uma semana de trabalho fora de casa e um (suposto) fim de semana de trabalho em casa. Sei que assim que lhes ponho as vistas em cima estou em casa. E sorrio muito.

A A. está longe, noutro país, há quase dois anos. E eu, por múltiplas razões, não a vi mais. Sei dela todas as semanas mas tenho saudades daquelas conversas de nada, completamente inconsequentes e irrelevantes. Tenho saudades dos silêncios não constrangedores em que apreciamos a companhia uma da outra. E do nosso amor pela natureza, que ela tem celebrado de forma mais que exemplar, e que eu, por falta de estímulo talvez, preguiço em festejar.

Hoje vou esquecer o meu olho inchado de picada de abelha, tipo bola de ping-pong, vou sair de casa, levar a máquina e mesmo assim, com olhar de peixe-gato, tirar fotos com ela. E celebrar e apreciar os nossos silêncios não confrangedores.

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